Yvon Chouinard e seu amigo Fred Beckey.
A Patagonia segue mantendo seus parâmetros no topo e é exemplo ao falar de ética e responsabilidade. Criada em 1973 pelo alpinista Yvon Chouinard, ela chega a movimentar bilhões hoje e as questões ambientais sempre fizeram parte de sua história. Apesar de estar inserida em um dos setores que mais afeta o meio-ambiente, a sua paixão pela natureza e o ativismo sempre estiveram em primeiro lugar e alinhadas a construção da empresa.
A marca foi nomeada recentemente pelo terceiro ano consecutivo como marca mais sustentável do mundo. O ranking é desenvolvido desde 2018 pela consultoria americana Kearney e usa métricas de produção e resultado para analisar o impacto dos players no segmento fashionista. O critério principal é o de reciclagem do produto e uso de materiais reciclados na produção têxtil. A marca americana que leva o nome de uma das regiões mais belas da Argentina, já venceu também anteriormente o prêmio da ONU "Campeões da Terra" e continua mostrando porque a a sustentabilidade pode e deve estar no centro do modelo de negócio. Entre algumas das metas futuras e valores atuais de trabalho da Patagonia que fazem ela estar aonde está podemos citar:
– Tem como meta ser carbono zero até 2025
– 72% da sua produção é feita com materiais reciclados
– 100% das penas virgens usadas nos casacos são certificadas pela Global Traceable Down Standard
– Tem 100% de suas necessidades de eletricidade nos EUA com eletricidade renovável
– 66 mil funcionários são apoiados pelo programa da Fair Trade
– 100% do algodão que a marca planta é orgânico
– A marca atua nos programas da Sustainable Apparel Coalition e 1% For The Planet
– Oferece produtos de qualidade e duradouros e oferece um programa de reparo e reutilização das peças compradas
Completando o pódio no ranking da Kearney temos mais duas estado-unidenses, a Levi's em segundo e a The North Face em terceiro lugar. Representando o setor de luxo, a Gucci também obteve destaque como uma das que mais subiu na classificação, ficando na sexta posição, depois de ter lançado diversos projetos de up-cycling nos últimos anos.
O relatório da consultoria da uma pontuação para cada critério analisado no ciclo de produção e este ano foi possível observar uma melhora geral, a média foi para 2,85 de 10, enquanto em 2020 era apenas 1,6 em 10. Apesar desse progresso, a Kearney observa que a indústria da moda “globalmente precisa fazer muito mais e mais rápido, na circularidade."